sexta-feira, 28 de maio de 2010

Mãos Nos Fatos e Nas Fotos

O surgimento da televisão representou uma das páginas mais importantes e discutidas da história da humanidade. Foi também responsável por uma interrogação interessante no campo da comunicação. Seria a televisão responsável pelo "sepultamento" do rádio e do jornal? Alguns defendiam que sim, já que o veículo trazia som e imagem. Jamais chegou a ameaçar os dois veículos, apesar de ocupar literalmente um espaço considerável dentro de nossas casas. 


Quando o mundo se viu frente a frente com a internet, também se questionou a respeito do desaparecimento de outros veículos de comunicação, sobretudo o jornal impresso. Mas, com o passar do tempo, o que se constata é exatamente o contrário. O jornal impresso, mesmo chegando até nossas casas no dia seguinte aos fatos, continua forte e presente. Os jornais, as revistas, os livros são testemunhais, acabam se tornando documento.
Qual internauta, com costume de acessar os sites de notícias diariamente, se contenta em salvar o link de homepage quando uma foto sua ou de alguém que gosta é publicada numa coluna social? Em sua grande maioria, corre até a banca de jornal mais próxima e trata de botar debaixo do braço aquela foto impressa.
O que se pode observar neste cenário de conflito entre impresso e virtual é uma adequação. Quem tem o hábito da leitura diária dos jornais já pode observar sua preocupação editorial de evitar o conflito com os sites de notícias, às vezes até do próprio jornal. Os jornais já estão chegando às bancas com edições “cientes” de que o seu leitor já sabe, já viu nos sites e portais.
Outro ponto que merece ser observado em favor do impresso, mesmo se respeitando o crescimento da internet, é a condição de mobilidade e portabilidade dos jornais, livros e revistas. Um exemplo claro a se destacar é o hábito da leitura no banheiro, por exemplo. Notebook no vaso sanitário? E não são poucas as pessoas que lêem no banheiro. E a leitura dos aposentados, nas manhãs ensolaradas, nas praças e jardins? Jamais terá o mesmo sabor se o jornal ou livro for substituído pelo computador.
Assim como a televisão, a internet chegou pra ficar, mas não vai invadir a praia dos livros, das revistas e dos jornais.

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